Os smartphones e tablets não são mais seguros. Conforme cresce o interesse dos usuários nos dispositivos inteligentes, os hackers e desenvolvedores de malwares (arquivos com tendências maliciosas) também se mostram mais dispostos a criarem formas de atacarem os aparelhos.

 

Dica – deixar seu smartphone mais seguro

 

Por isso, é importante saber que, se você tem um gadget em mãos, está correndo riscos de estragar seu eletrônico ou até mesmo ter dados pessoais roubados no menor descuido.

Smartphones são quase tão suscetíveis a vírus quanto computadores (Foto: TechTudo)

Assim como os computadores, os celulares inteligentes correm o risco de contraírem vírus ou serem invadidos por hackers facilmente. Este tipo de ameaça, aliás, vem aumentando exponencialmente desde 2011, quando os aparelhos passaram a ficar mais populares. Os vírus que atacam celulares podem ser capazes de acessar dados pessoais, apagar dados ou prejudicar o funcionamento do telefone, enviar mensagens sem a consciência do usuário, roubar senhas e até invadir outros aparelhos.

“Os smartphones e tablets são computadores de mão que conectados a rede passam a ser alvo de vírus e outros programas que podem danificar o software ou até mesmo roubar dados de agenda e compromissos”, alerta Nelson Moreira, analista de sistemas da Veus Technology.

 

O sistema Android, do Google, por ser a plataforma mais utilizada no mundo, também é a que mais tem chances de esbarrar com programas maliciosos. Isso porque o sistema possui código aberto, o que possibilita a qualquer desenvolvedor – bem ou mal intencionado – disponibilizar aplicativos na sua loja virtual, Google Play, sem qualquer verificação. Assim, é comum que se encontre apps com vírus ou voltados para prejudicar os dispositivos.

Já os aparelhos com iOS, como o iPhone, iPod e iPad, são bem mais seguros por terem uma política de verificação de aplicativos mais rígida. No entanto, os smartphones e tablets da companhia da Apple também não estão imunes a arquivos mal intencionados, já que ainda podem sofrer ataques por meio de páginas web e envio de arquivos infectados por e-mail. Além disso, um estudo recente realizado pela SourceFire revelou que a plataforma da companhia da maçã possui mais falhas de segurança que o Android e o BlackBerry juntos.

O BlackBerry e o Symbian, aliás, também são suscetíveis a serem infectados por arquivos maliciosos, o que só acontece em menor escala pela baixa popularidade das plataformas atualmente. Como as plataformas estão sendo cada vez menos usados, os hackers também ficam menos interessados. Já o Windows Phone, da Microsoft, está em franco crescimento, e a atenção dos desenvolvedores de arquivos prejudiciais ao sistema cresce na mesma proporção.

Como proteger seus smartphones e tablets

Por conta desta vulnerabilidade, é imprescindível proteger seu dispositivo móvel de malwares e ataques hackers. Para isto, confira as dicas de Josiane Bezerra, engenheira de software da Liferay Portal, empresa desenvolvedora de conteúdos para plataformas de código-aberto.

 

1. Instale apenas aplicativos confiáveis

Uma vez instalado, um app pode acessar informações importantes do telefone, efetuar chamadas, enviar dados pela internet. Por isso é muito importante instalar apenas aplicativos confiáveis. Quem tem Android, por exemplo, deve ter um cuidado especial, uma vez que o sistema do Google permite baixar aplicativos de outros sites que não a loja oficial, e mesmo no Google Play a verificação dos aplicativos é muito superficial.

Portanto é importante, antes de instalar um aplicativo, verificar se ele é de uma empresa confiável, e sempre pesquisar a respeito do desenvolvedor do aplicativo. Além disso, é essencial ler os comentários dos demais usuários ou reviews online sobre o app, verificar as permissões do programa (a lista de permissões é exibida antes do aplicativo ser instalado) e evitar instalar arquivos APKs.

 

2. Não modifique o sistema (Há menos se souber o que esta fazendo)

Evite os procedimentos de desbloqueios não oficiais, como o jailbreak do iPhone, e versões modificadas de firmware. Além de causarem a perda da garantia, essas alterações podem incluir vírus ou programas que permitam o controle remoto do seu aparelho.

 

3. Apague o histórico de navegação e cookies

Remover essas informações, que normalmente ficam armazenadas no aparelho sem o usuário perceber, reduz a exposição do usuário a riscos, tanto relativos a roubos como a algum vírus que tente acessá-las.

4. Mantenha o sistema operacional atualizado

Manter o sistema sempre com suas últimas atualizações – contanto que elas tenham sido disponibilizadas pela própria fabricante – garante um dispositivo móvel mais seguro. Saiba como atualizar seu sistema com segurança.

 

5. Desligue o Bluetooth

É importante manter o Bluetooth desligado enquanto não estiver usando, para evitar que seja usado para a transferência de vírus sem o seu consentimento. Além disso, nunca aceite arquivos enviados via Bluetooth de smartphones que você não conhece.

Procure alterar a identificação e a senha padrões, que já vem configuradas no aparelho. Já foram descobertas falhas em alguns aparelhos que permitem o roubo de dados e envio de arquivos sem autorização.

 

6. Não compartilhe o cartão de memória

O cartão de memória funciona basicamente como um pendrive, e por isso algumas pessoas podem usar seus cartões desta forma. No entanto, o memory card pode infectar ou ser infectado caso passe de um aparelho para outro.

 

7. Navegue de forma segura

Evite sites que você também não acessaria a partir do seu computador pessoal. Sites com vírus podem ser preparados para infectar somente smartphones. Durante o acesso, é possível identificar qual é o tipo de aparelho do visitante e tentar ataques específicos para cada tipo de equipamento.

8. Use senha para bloquear o acesso

Não permita que pessoas não autorizadas usem o seu aparelho e acessem as suas informações pessoais. Também evite deixar que baixem conteúdo no seu dispositivo que você não conheça totalmente. Descubra como bloquear o seu dispositivo Android.

 

9. Procure não usar redes Wi-Fi que não pedem autenticação ou senha

As redes Wi-Fi abertas podem ser utilizadas por qualquer pessoa e aumentam a exposição a riscos.

 

10. Verifique seu celular com um antivírus e antimalware

A maioria das grades empresas de segurança já tem uma solução para mobile, e como o Android é um dos sistemas mais suscetíveis a vírus, a plataforma possui uma versão de todos os apps de antimalware.

 

11. Em último caso, restaure o aparelho

Para quem não tem muitos aplicativos instalados e personalizações, a melhor coisa a se fazer caso o aparelho esteja infectado é restaurar as configurações de fábrica do aparelho. Assim, todo tipo de vírus e malware será removido.

 

 

Confira o primeiro artigo: Cinco dicas para saber se seu smartphone Android está infectado com malware